Há cerca de uma década, muitos analistas acreditavam que o transporte urbano de cargas seria um dos principais motores para a expansão dos veículos elétricos a bateria. Essa expectativa se baseava, principalmente, nas restrições crescentes à circulação de modelos poluentes nas regiões centrais de grandes cidades europeias e asiáticas.

No Brasil, porém, essa previsão ainda não se concretizou. Diferente do que acontece em outros países, onde os caminhões e comerciais leves a combustão interna enfrentam penalizações rigorosas, os números de vendas no Brasil mostram que os veículos comerciais elétricos ainda têm um longo caminho para percorrer até se tornarem relevantes nas estatísticas de mercado.

Até o momento, apesar dos discursos de fabricantes, esses veículos são mais utilizados como uma ferramenta de marketing para empresas que desejam mostrar comprometimento com princípios ESG, do que como uma solução econômica e técnica consolidada.

Os licenciamentos de veículos elétricos comerciais no Brasil são mínimos, refletindo essa realidade. Segundo levantamento da Fenabrave, apenas 310 caminhões elétricos foram licenciados nos primeiros sete meses de 2024, com a maior parte fornecida por duas marcas, representando menos de 0,5% do total de caminhões licenciados no período.

A situação entre os comerciais leves é semelhante. Apenas 403 unidades foram negociadas nos mesmos sete meses, com três fabricantes respondendo por 70% das vendas. A participação desse segmento no mercado total de comerciais leves é ainda mais baixa, alcançando apenas 0,2%.

Esses números mostram que, tanto para caminhões quanto para comerciais leves, a adoção de veículos elétricos no Brasil ainda é incipiente. A baixa demanda dificulta o aumento da importação, a produção local e o atendimento pós-venda nas concessionárias, que requerem estoques de peças e componentes de reposição e treinamento contínuo dos profissionais.

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